A governança corporativa é um pilar fundamental para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer instituição, e para as cooperativas de crédito no Brasil, sua importância é ainda maior. Em um mercado em constante evolução, com o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) editando novos normativos para convergir com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), a necessidade de uma gestão robusta e alinhada às melhores práticas se torna crucial. No entanto, muitas cooperativas ainda enfrentam desafios significativos nesse quesito. Este artigo explora os sete principais pontos de atenção na governança corporativa de cooperativas de crédito e oferece insights sobre como superá-los.
1. Ignorar os Princípios da Governança
A governança corporativa se baseia em princípios essenciais: integridade, transparência, responsabilização (accountability), equidade e sustentabilidade. Esses valores devem guiar as decisões de todos os órgãos de governança, como a Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva. Tomar decisões sem considerar esses pilares é como navegar sem bússola, colocando em risco a reputação e a estabilidade da instituição.
2. Misturar os Papéis dos Órgãos de Governança
Uma falha comum é a falta de clareza nas funções entre o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva. O Conselho de Administração tem um papel estratégico, focado no longo prazo e na definição do que precisa ser feito para garantir a durabilidade da cooperativa. Já a Diretoria Executiva é tática, responsável por executar as estratégias e assegurar a operação diária. Misturar essas funções pode gerar conflitos e ineficiência, prejudicando o desempenho geral.
3. Desvalorizar os Órgãos de Fiscalização e Controle
As áreas de auditoria (interna e externa), gestão de riscos, compliance e controles internos são vitais para a governança corporativa. Elas atuam como sentinelas, garantindo que os objetivos da organização sejam atingidos dentro dos limites de risco definidos. Negligenciá-las é abrir a porta para falhas processuais, desalinhamento com a legislação e condutas antiéticas.
4. Subestimar o Poder das Políticas de Gestão
Para uma cooperativa pequena, o controle direto é mais fácil. No entanto, com o crescimento, a gestão centralizada se torna inviável. É nesse momento que as políticas internas se tornam indispensáveis. Elas servem como um guia claro para todos os colaboradores, detalhando o que é permitido, o que é proibido e o que deve ser feito. Políticas bem definidas são ferramentas poderosas para manter a ordem e a consistência à medida que a cooperativa se expande.
5. Ficar Preso a Estratégias do Passado
O maior risco em um cenário de mudanças não é a mudança em si, mas a resistência a ela. O mercado financeiro está em constante transformação, impulsionado pela convergência com normas internacionais como o IFRS. A alta administração precisa se manter em educação continuada para se atualizar sobre as boas práticas de governança corporativa e novas técnicas de gestão, garantindo que a cooperativa continue competitiva e relevante. A FBM Educação, por exemplo, oferece um curso de Formação em Contabilidade de Instituições Financeiras, com 100 horas de aulas ao vivo, para abordar as mudanças nas normas contábeis brasileiras (BACEN-GAAP) e internacionais (IFRS).
6. Permitir o Problema de Agência
O “problema de agência” ocorre quando há um conflito de interesses entre quem delega (Conselho de Administração) e quem executa (Diretoria Executiva). Devido à assimetria de informações, a Diretoria Executiva pode ter mais conhecimento operacional do que o Conselho, levando a objetivos divergentes. Uma governança corporativa eficaz exige mecanismos para alinhar os interesses e garantir que todos trabalhem para o mesmo objetivo.
7. Deserdar a Cultura Organizacional
O Conselho de Administração é o “coração da governança”, responsável por estabelecer e garantir uma cultura organizacional forte e alinhada a resultados econômicos, sociais e ambientais. A cultura é a base de valores, crenças e práticas da cooperativa. Negligenciá-la pode minar a sustentabilidade da instituição, independentemente de sua saúde financeira.
Conclusão:
A governança corporativa não é apenas uma obrigação regulatória; é um diferencial competitivo. Em um ambiente dinâmico, onde as normas contábeis estão em constante revisão, investir em uma estrutura de governança sólida é a melhor forma de proteger o futuro da cooperativa.
Escrito pelo Profº Edivan Junior Pommering, mentor do nosso curso exclusivo de Especialista em Contabilidade de Cooperativas de Crédito.
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